Esporte Mulheres de Ouro: Natalia Brozulatto

Mulheres de Ouro: Natalia Brozulatto

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Tendo como inspiração as conquistas das mulheres nos Jogos Pan-Americanos (Toronto 2015), entrevistamos algumas das atletas brasileiras que trouxeram para casa medalhas de ouro nos esportes individuais. Uma lição de perseverança e disciplina para todos nós.

Aos 25 anos, Natalia Brozulatto é vaidosa e fora dos tatames gosta de cuidar do cabelo e de se maquiar. Na sua casa em Piracicaba (SP), conta que tem recebido muitas mensagens, ligações e visitas parabenizando por sua conquista. O que lhe motiva a treinar é alcançar novos títulos e se superar a cada derrota. Hoje, luta para que o karatê ganhe reconhecimento como modalidade olímpica.

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Natalia Brozulatto, medalha de ouro no karatê (categoria -68kg) nos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015

Qual a lição mais bonita que seu esporte traz à tona para você? O que isso tem a ver com sua personalidade?
Natalia Brozulatto: Ser atleta é muito especial, é lidar com obstáculos sem entrar em depressão, é suportar a pressão sem se desesperar, é conseguir se controlar em uma situação que já saiu do controle, é cair milhões de vezes e se superar, temos esse incrível dom. Junto com o karatê aprendi a ter disciplina, coragem, respeito e tudo isso está ligado, de alguma maneira, com a minha personalidade.

Tem algum ritual, uma prece, um hábito/costume, antes de competir?
Natalia Brozulatto: Procuro pensar sempre positivo e rezar. No Pan, aprendi a rezar o terço e rezei todos os dias. Fiz questão de subir ao pódio com o terço. 

“A persistência é a resposta para alcançar as metas. Por isso, nunca desista enquanto houver dúvida!”
Natalia Brozulatto

Como é ser uma atleta de alta performance? Quais os desafios que enfrenta no seu dia a dia?
Natalia Brozulatto: É preciso ser regrada, tem que abdicar de muitas coisas, são treinos exaustivos todos os dias. Além disso, tem que lidar com dores, lesões, pressão, enfim, não é fácil, mas é gratificante. No meu dia a dia, meu desafio é me motivar, é melhorar sempre, recuperar de lesões e, claro, conseguir mais apoio para o esporte.

Quais suas expectativas para as Olimpíadas no Rio 2016?
Natalia Brozulatto: Infelizmente, o karatê ainda não é um esporte olímpico. Mas vejo o Brasil muito distante do ideal. O atleta brasileiro ainda passa apuros por falta de incentivo e estrutura. Ainda temos atletas e esportes com muito e outros sem absolutamente nada. Essa desigualdade financeira e estrutural faz total diferença na contagem geral de medalhas.

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