A carioca Joice Silva, campeã de wrestling nos Jogos Pan-Americanos de Toronto 2015, relata que a caminhada é árdua, mas é possível alcançar um sonho de ver a medalha de ouro estampada no peito. Mas lembra que o atleta de alta performance tem muitos desafios no seu dia a dia.
Joice Silva, medalha de ouro no wrestling (categoria 58kg) nos Jogos Pan-Americanos Toronto 2015
Qual a lição mais bonita que seu esporte traz à tona para você? O que isso tem a ver com sua personalidade?
Aqueles de se esforçam, se dedicam e trabalham, alcançam. Me identifico, pois é o que levo para a minha vida. Tem tudo a ver com a minha personalidade. Sou perseverante e dedicada ao que amo.
O que lhe motiva a treinar?
Amo a minha vida de atleta. Amo treinar e meus sonhos me motivam a querer fazer o melhor a cada dia. Sou grata a Deus por poder trabalhar com o que amo. Um dia, no início da minha carreira já disse que seria maravilhoso receber dinheiro por algo que faria de graça, que é o caso de treinar e me dedicar a minha modalidade.
No seu ponto de vista, onde está a feminilidade no esporte que pratica?
Está em cada lutadora. Na vaidade de arrumar os cabelos da melhor maneira que não prejudique na hora da luta e também que seja um penteado bonito. Na preocupação de ter uma malha bonita e que valorize nosso corpo. Em lutar com as unhas pintadas. Mas a luta deve ser agressiva, forte, rápida.
Tem algum ritual, uma prece, um hábito/costume, antes de competir?
Rezo antes de competir. Aliás, procuro rezar todos os dias. Sigo uma rotina que se repete em todas as competições. Mas não faço isso por ritual ou crendice. Faço porque assim diminua a possibilidade de surpresas desagradáveis no dia da competição.
Quais suas expectativas para as Olimpíadas no Rio 2016?
Espero que as Olimpíadas sejam um sucesso e que deixem um legado e uma cultura esportiva para os brasileiros.
Outras brasileiras que aparecem no ranking mundial sao Joice Silva, em nono lugar, e Lais Nunes, decimo-sexto.