Moda,Negócios Sustentabilidade e Modernidade no Dia Mundial do Crochê

Sustentabilidade e Modernidade no Dia Mundial do Crochê

O crochê é algo que faz parte da tradição da família brasileira. Quem nunca viu uma avó fazendo esta arte antiga que sempre esteve presente nas nossas casas? Tenho na minha as agulhas, os marcadores e até mesmo os fios que ainda não ganharam forma. Lembro com carinho das toalhinhas em degradê azul que se formavam, nas ágeis mãos da minha bisa, a partir de mini quadradinhos.

Neste 12 de setembro vivi o Dia Mundial do Crochê com ar de lembrança mas com olhar atento para tendências de mercado. Estive no evento “Crochetando com Marcelo Nunes & Nodari” e fiquei impressionada com o engajamento de mais de 300 mulheres que estiveram juntas crochetando numa aula-show com materiais fornecidos pela EuroRoma. Ou seja, um belíssimo encontro de indústria, comércio e cliente.

 

Airton Nodari, Isabela Nodari, Marcelo Nunes, Jussara Vezaro – representante comercial EuroRoma e Ivonete Nodari.

 

A fábrica de Blumenau aproveita as aparas da indústria têxtil para “desfibrar” as malhas, separando-as em cores para transformá-las e fios e barbantes. Anualmente são mais de 6 mil toneladas de material que viram novelos para os artesãos. Em linha, tem 21 produtos com diferentes cores, espessuras, brilho e texturas, com destaque para o fino “Ecoamigurumi” e para o campeão de vendas “Natural”. Tudo isso com o certificado Global Recycled Standard (GRS) que avalia origem e redução de impacto ambiental priorizando o baixo uso de água na produção, por exemplo.

O crochê está tendo adesão no público mais jovem que está frequentando a loja em busca de criar um trabalho mais moderno e autêntico. “Estamos vendo cada vez mais gente nova na loja e o crochê está voltanto com tudo na moda é uma tendência na alta costura”, afirma Isabela Nodari, admnistrativo financeiro da Armarinhos Nodari.

Da sala da vó para a sala da nossa própria casa, vale a pena conferir o trabalho da Andressa Lopes no Amora Amorinha que faz o crochê tunisiano – feito com uma agulha maior e que dá uma cara bem moderna para as criações. Inclusive ela oferece uma série de cursos online gratuitos.

E quando os fios viram arte… temos a obra de Jessica Costa, artista plástica paulista que encara a tecelagem como um trajeto de criar e recriar suas peças. Finalista do Craft Prize 2025 (Loewe Foundation) tem obras expostas em diversas galerias de arte contemporânea.

E ai, vamos tecer?

Related Post