Florista desde criança, ela fazia pequenos buquês com flores silvestres das matas da cidade de Morretes. Em 2003, abriu sua primeira loja, a Engenho, para comercializar sua arte. Para ela a arte é inspiração e a natureza seu corpo e sua forma.
Como construiu seu olhar para a natureza? Isso é herança de quem?
Sem dúvida muito do que sou é inspirado nos meus, na minha família. E a natureza para nós é um valor natural, espontâneo. Vivemos muitos momentos felizes nos rios, montanhas, matas da cidade pequena de onde viemos. Cresci brincando na rua, descalça, cheirando flores e sempre me senti muito parte da natureza. É onde eu me encontro, me acalmo, me inspiro, lembro de mim. Então, olhar para a natureza é como olhar para mim mesma.
Como seus antepassados influenciam em quem você é profissionalmente?
Muito, muito. Minha mãe tem um bom gosto extraordinário, minha vó super habilidosa, caprichosa. Esses dias soube que uma das minhas bisavós tinha muito jeito para arrumar as flores nos vasos da casa. (Achei tão legal.) Mas o olhar artístico que vivenciei nessa família foi o que realmente fez toda a diferença no meu trabalho. Sempre observei as pessoas vivendo, olhando para a vida, de uma forma artística. Família de almas sensíveis.

